O sindicalista José Ferreira da Silva, conhecido como “Frei Chico” e irmão do presidente Lula, está no centro de uma nova polêmica. Ele é um dos alvos da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, que investiga um esquema bilionário de fraudes no INSS envolvendo descontos indevidos em benefícios de aposentados. Apesar da gravidade da investigação, Frei Chico tenta se desvencilhar das acusações alegando que sua gestão no sindicato é recente e que “não deve m* nenhuma”.
Frei Chico ocupa o segundo cargo mais alto no Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos), uma das 11 entidades investigadas pela PF. A operação aponta indícios de que bilhões de reais podem ter sido desviados de forma criminosa, afetando justamente os aposentados – uma das categorias mais vulneráveis da população.
Em vez de prestar esclarecimentos objetivos, o irmão do presidente preferiu apelar para declarações agressivas e genéricas, dizendo que espera que a PF investigue “toda a sacanagem que tem”, mas sem apresentar qualquer prova de que o sindicato está isento de culpa. Curiosamente, mesmo sendo investigado, recebeu apoio oficial do próprio Sindnapi, em um movimento que levanta dúvidas sobre a transparência da entidade.
A ligação direta com o presidente Lula reforça o mal-estar: mais um escândalo que atinge o entorno familiar e político do petista, que já soma décadas de controvérsias envolvendo sindicatos, repasses públicos e desvio de verbas.
Para muitos, o caso de Frei Chico mostra que, mesmo após retornar à presidência, Lula ainda carrega consigo os velhos vícios do passado. Agora, cabe à Polícia Federal e à Justiça esclarecer se há, de fato, culpa no cartório – ou se tudo não passa de mais um capítulo de impunidade garantida por relações políticas.